Tem tido dificuldade em acompanhar o status dos processos internos? A chave para resolver isso são os indicadores de qualidade da sua empresa. Essas métricas, também chamadas de Key Performance Indicators (KPIs), são formas de monitoramento de desempenho que auxiliam na visualização do andamento de todo o negócio.
Como gestor, é vital acompanhar tais indicadores, pois eles lhe ajudam na melhoria contínua, impactando desde o planejamento estratégico até a tomada de decisão. Por oferecerem uma visão completa e precisa da empresa, permitem tanto a eliminação de erros como o aproveitamento de oportunidades, que não seriam percebidos sem tais métricas.
Está claro que esses dados têm grande importância para a manutenção e o crescimento dos negócios. Se você ainda está com dúvidas sobre quais indicadores podem ser úteis na sua empresa, este artigo lhe apresentará os 6 mais relevantes. Confira!
1. Eficiência: fazendo mais com menos
A eficiência é a capacidade de produzir mais gastando menos. Seus indicadores são relativos à redução de desperdícios, falhas e retrabalhos. Alguns exemplos são a produção por hora trabalhada, o custo de cada atividade que compõe um processo, os tempos e movimentos, entre outros que impactam diretamente nos custos.
A questão, nesse caso, é encontrar oportunidades de otimização diminuindo movimentos e eliminando ações desnecessárias. É necessário focar no que agrega valor aos resultados da empresa.
Apesar de serem mais comumente aplicados na área de produção, também é possível utilizar as métricas relacionadas à eficiência para reduzir custos, como por meio da automatização de atividades.
2. Eficácia: acertando em cheio nos resultados
Os indicadores de eficácia estão associados à capacidade de alcançar os resultados desejados. Com foco na satisfação dos clientes e na qualidade dos produtos, essas métricas permitem perceber se o que é feito atende aos objetivos estipulados.
Esse é um indicador que ampara todos os níveis da organização. Do ponto de vista estratégico, saber se uma decisão está correta ou se as medidas necessárias foram tomadas no momento certo, ou se as metas foram alcançadas, são exemplos.
Já na questão produtiva, se a projeção de produção foi atingida, a durabilidade do produto e seu bom funcionamento, são formas de avaliar a eficácia. Sem esse monitoramento a empresa pode perder mercado por estar desconectada do consumidor ou com itens defasados e mau feitos.
3. Efetividade: a soma de eficiência e eficácia
Efetividade é a combinação de eficiência e eficácia, ou seja, processos realizados da melhor forma possível, gerando os melhores resultados, com os menores custos. Bons produtos ou serviços que satisfazem aos clientes, e que foram produzidos com a máxima otimização são efetivos.
A efetividade é bem complexa de ser medida, pois há vezes que pressupõem a análise combinada de outros indicadores. Busca responder perguntas como: qual é o índice de falhas na produção? Por que elas ocorrem? Qual é a aceitação do produto junto ao cliente? Por que esse item não está tendo o desempenho esperado? Por que meu preço está acima do mercado?
Nesse caso, utilizar um Sistema de Gestão de Qualidade, no qual, após estudos, são eliminadas ações que não agregam valor aos resultados e padronizadas as tarefas para indicar a melhor forma de realizá-las, é ter um guia para atingir a efetividade. Quanto mais qualificados os processos, menores os custos com retrabalhos ou desperdícios e maior será a qualidade dos produtos.
Acompanhar os dados, como a participação de um item no faturamento da empresa, e as reclamações ou devoluções dele, atrelado com auditorias sobre a adequação entre o SGQ e a realidade da sua fabricação, gera percepções muito relevantes sobre o desempenho de um produto. A sua descontinuidade pode ser definida assim, além de gerar um aprendizado para novos lançamentos.
4. Atendimento: o cliente em primeiro lugar
A opinião do cliente é muito importante na gestão da qualidade e os indicadores de atendimento são as métricas dedicadas a esse relacionamento. Permitem medir a aceitação da marca e entender como manter ou ampliar sua participação no mercado, também é possível entender os casos de rejeição através deles.
Acompanhá-los é estratégico para qualquer empresa. Pois não monitoram somente o nível de satisfação dos consumidores, mas as reclamações e devoluções de produtos, bem como, a qualidade dos processos de atendimento ao cliente.
Não basta produzir bem é preciso vender melhor ainda. E para medir isso utiliza-se diversos indicadores como NPS, Churn, taxa de abandono, tempo médio de espera, entre outros.
5. Segurança: indicadores de qualidade para pessoas
O produto ou serviço de uma empresa não pode causar danos, de qualquer natureza, aos seus consumidores ou a quem os produz. Segurança é preservar todos de riscos a saúde ou integridade.
Métricas que identifiquem situações prejudiciais à funcionários e clientes são fundamentais para a manutenção do negócio. Tais como número de acidentes de trabalho ou avarias em equipamentos.
Os indicadores de segurança além de prevenir possíveis danos às pessoas protegem a empresa de processos judiciais caros, que também, lesam a imagem da marca. Ações, desde o acompanhamento de medidas de segurança até a observância de normas e leis, devem ser realizadas para esse fim.
6. Capacidade: conhecendo os limites produtivos
Os indicadores de capacidade medem dados relativos à disponibilidade produtiva e a real produção. Podem ser medidas sobre o uso de espaço físico, a quantidade de itens por hora em uma máquina ou o tempo para a realização de uma ação, seja ela fabril ou de serviço.
Essas métricas não somente são relevantes para a gestão da produção. O setor comercial se beneficia deles para saber o limite do que pode vender, sem gerar atrasos ou deixar de entregar ao cliente. Já o departamento de compras, tendo ideia do volume que pode ser necessário para o abastecimento completo, buscará fornecedores com tal envergadura.
No competitivo mercado atual, não há mais espaço para avaliações que não sejam pautadas por dados, é preciso um profundo conhecimento de toda a organização. Indicadores de qualidade são imprescindíveis nesse sentido, pois ter bons produtos ou serviços não é mais um diferencial, mas uma obrigação.
Também são ferramentas para criar uma vantagem competitiva. Pois permitem conhecer melhor a abrangência de seus produtos ou serviços junto ao mercado, encontrar lacunas internas que causam desperdícios e falhas ou oportunidades de melhoria. Com as métricas certas a gestão da empresa se torna mais simples e objetiva.
Os indicadores de qualidade são exatamente o que procurava e você vai colocá-los em prática na administração de sua empresa? Bem, temos outras ideias para você melhorar a sua gestão.